Segundo os numerólogos bíblicos, 10 é o número da totalidade. Diz-se que Deus é o número 1 e nós somos o número 0. Se Deus é o número 1, isso quer dizer que ele deve estar á frente de tudo e todos. Somos o número 0, somos nada. O número zero só é alguma coisa a partir da dezena. A soma de 0+1 é 1. Se Deus é o número 1 e nós somos o zero, isso quer dizer que quando estamos à frente de Deus (01), Ele continua sendo Deus; Ele não perde Seu poder, não diminui em nada; nós também não mudamos, continuamos sendo zero, porém, perdemos o sentido da nossa existência, não servimos para nada, somos zero à esquerda. Agora, quando colocamos Deus à frente, quando o zero passa pra trás do 1, acontece a totalidade, formamos o 10; continuamos sendo um zero, porém, um zero à direita e sabemos que dentro do número 10 estão todos os outros números. Por isso os numerólogos dizem que 10 é o número da totalidade.
Quando ouvi tal teoria, lembrei da parábola das dez virgens. Jesus explica que o reino dos céus será semelhante a dez virgens que pegaram suas lâmpadas e saíram ao encontro do noivo. Eram dez damas de honras que se preparavam para a cerimônia de certo casamento. Nos casamentos judaicos os noivos também podiam ter suas damas de honra e seus cavalheiros. Essas pessoas caminhavam com o noivo até o local da cerimônia, iam com ele a pé, cantando e dançando ao som de pandeiros e flautas.
As cidades de Israel eram cidades pequenas e a comitiva que levava o noivo até o local do casamento era um deleite para a cidade. Geralmente os que acompanhavam o noivo eram rapazes e moças amigos do casal. Eles se dirigiam a determinado lugar para se encontrarem com o noivo e de lá seguiam para o local do casamento. Quando o noivo aparecia ao longe, tinha um arauto para gritar que ele estava vindo. Isso dava tempo para os rapazes e moças se prepararem, reabastecendo suas candeias, pois como os casamentos geralmente aconteciam à noite, as luzes das candeias deviam estar bem acesas para que quando a procissão do casamento começasse, as pessoas que olhavam a procissão, vissem o noivo. Interessante era que nos casamentos judaicos não era somente a noiva que se atrasava, o noivo também e muitas vezes as damas e os cavalheiros ficavam muito tempo esperando. No caso dessa parábola o noivo se atrasou.
Jesus utiliza a figura da candeia para passar uma verdade espiritual. Ele diz que eram dez virgens e que na ida ao local de encontro com o noivo, todas elas levaram suas candeias para iluminar o caminho, porque era noite, estava escuro.
A candeia era uma espécie de lamparina. Quem é nordestino sabe do que falo. No lugar do querosene, eles usavam o azeite de oliva.
A maneira como eles preparavam o azeite para servir de combustível às candeias era de duas maneiras: uma para o dia a dia, ou seja, para servir de iluminação numa noite normal e outra para ocasiões especiais. O casamento era um acontecimento muito especial, portanto, quando o casamento era à noite, todas as candeias que iam iluminar o ambiente tinham que ter um azeite perfumado. Não podiam ser alimentadas com o azeite do dia a dia. As damas e cavalheiros de honra tinham a obrigação de levar candeias com azeite especial e esse azeite especial era dado pelo noivo. Cada dama e cada cavalheiro recebiam do noivo uma quantidade exata de óleo perfumado. Não era só a luz, mas o perfume que exalava das candeias era de suma importância. As pessoas que viam a passagem da comitiva ficavam maravilhadas com a beleza das luzes e com o perfume que tomava conta do ar.
Nessa parábola, cinco dessas virgens não levaram azeite suficiente, por isso são chamadas de imprudentes e em algumas traduções, de loucas. Elas levaram azeite o suficiente apenas para caminhar até o local do encontro com o noivo, mas não o suficiente para ir com ele até o local do casamento. E aconteceu que o noivo atrasou e as dez cochilaram. Quando de repente, a chegada do noivo foi anunciada, cinco candeias estavam apagadas, não tinham nem luz e muito menos perfume. Exatamente as candeias das cinco damas imprudentes. Elas pediram um pouco do azeite das outras cinco, mas as outras cinco, como eram sensatas, entenderam que não iria adiantar; se dividissem o azeite com elas, além de não resolver o problema, também ficariam prejudicadas e se recusaram a dividir o azeite. Elas sabiam que existem coisas que não dá para dividir e que existem ajudas que não são ajudas, mas sim, problema duplicado. Então, aconselharam as cinco imprudentes a irem comprar, pois azeite especial não se tinha em casa, somente em lojas especializadas. As imprudentes saíram à procura do azeite especial. Enquanto elas procuravam, a comitiva andava em direção ao local do casamento e elas perderam os seus lugares. O texto diz que elas foram até o local, encontraram a porta fechada e clamaram, mas o noivo disse que não as conhecia. Que final triste para essas damas. Escolheram ser zero à esquerda, escolheram não participar da totalidade e se autoanularam.
Vamos trazer para as nossas vidas essa parábola. Vamos nos colocar no lugar dessas cinco damas; no lugar das candeias, o nosso coração, nossa alma; no lugar do azeite, a porção de unção que o Senhor dá a cada um de nós. Todo aquele que ama e serve a Deus é ungido por Deus. Não pense que ungido é somente aquele que está à frente de algum trabalho. Não! Aquele óleo que se usa nas igrejas é apenas um símbolo, é feito pela mão do homem. Quando nós recebemos a Cristo como Salvador, O Espírito Santo vem sobre nós e nos unge com um óleo que foi preparado pelo Senhor, óleo especial fabricado lá no céu e só O Senhor é quem pode ver.
Aquelas cinco virgens imprudentes tinham óleo somente para um determinado tempo. Elas não valorizaram o que receberam, gastaram em coisas vãs. Nós fazemos a mesma coisa. Deus nos unge, porém precisamos renovar essa unção no dia a dia. Como? Praticando a Palavra de Deus. Jesus resume a Palavra em dois mandamentos: “Amarás ao teu Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Nosso coração precisa estar cheio desses dois mandamentos, desse óleo especial.
Foi dito que o óleo de oliva especial tanto iluminava como perfumava. Os dois mandamentos também. Um ilumina (amar a Deus) o outro perfuma (amar o próximo). É impossível alguém não querer estar perto de quem trata as pessoas com respeito e carinho. E só tratamos alguém com respeito e carinho DE VERDADE (não apenas por educação), quando amamos a Deus. Um não vive sem o outro. Imagine alguém amar a Deus e não ter respeito pelo próximo ou vice-versa.
Um sem o outro torna-se inútil.
Aquele que ama a Deus não é qualquer um, a unção que está em nós é unção especial. Não é unção para pintar um quadro, escrever um livro, ganhar dinheiro, construir uma casa, arranjar um amor. Essas coisas são conseguidas através dos talentos que Deus nos dá e que devemos usar para a Sua obra. Eu falo de unção. A unção produz talentos para Deus. Essa unção não se acha em faculdade, não se acha em religião, não se acha em academias de arte. É unção para curar vidas, para libertar, para trazer as pessoas a Jesus para que elas possam ser salvas por Ele. Nossa função é sermos lâmpadas cheias da luz de Deus.
É preciso buscar ser um zero à direita. Ser total com Deus. Só assim existimos de verdade
1 comment:
Thanks :)
--
http://www.miriadafilms.ru/ приобрести фильмы
для сайта conversandocomsofia.blogspot.com
Post a Comment