Tomamos banho com água congelada (rsrs) e fomos para a festa. Quem já tomou banho com água de caixa d’água em cima da serra, me entende. Eita água fria. Pois bem, tocamos para a festa de casamento. A casa era pequena, mas a quantidade de comida era grande, enorme, macro. Imagine um banquete romano regado a cachaça em vez de vinho. Três carneiros foram sacrificados para o ritual de cinqüenta anos de casamento; fora as galinhas caipiras, as lingüiças e a carne de gado. Sem contar ainda as saladas, arroz e feijão em abundância e frutas, muitas frutas. Se eu fosse chegada a uma cachacinha e forró, tava feita. De longe ouvi o forró troando, mas o que eu queria mesmo era comer numa festa interiorana, ter essa experiência que, confesso, foi inesquecível e agradabilíssima, apesar dos acontecidos. Uma coisa que me impressionou muito foi o fato de a casa estar cheia de gente. Claro que uma festa enche uma casa de gente, principalmente quando se trata de casamento, mas TODO MUNDO ser da mesma família? Peraí! Acho que a única “não-abreu” era eu. Até do meu amigo Costa Jr. desconfiei ser um Abreu, pois a cumplicidade com que ele adentrou a casa foi interessante; parecia que já conhecia o povo, a casa. E começou um festival de “aquela é minha tia, aquele é meu primo, aquela outra, minha prima segunda...”, etc., etc. Era mais fácil saber quem NÃO era da família: eu mesma. Para quem não sabe, vai a dica: em cima da serra do Lajedo tem a “Abreulândia”, terra dos Abreus.
Monday, August 23, 2010
A Festa - Texto 6
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