
Eu quis fazer um poema
que fosse a fotografia
do meu amor: o problema
é que quando ela sorria,
posava, dizia: "agora"
e a terra se iluminava
toda do lado de fora,
do lado de dentro a lava,
não cabendo mais no centro,
provocava um terremoto
gostoso, tendo o epicentro
em meu sexo, e aí tremia
tudo na hora da foto,
ou melhor, da poesia.
Nota de Sofia: A ilustração é uma tela de Mercedes Morales
2 comments:
Rô, esse seu poema me fez lembrar algo muito importante que se passou na minha vida,"Qd ela sorrir...A terra se ilumina... Viajei amiga neste seu poema rsrsr
bjss...
Como já dizia João Bosco,"...bate é na memória da minha pele,bate é no sangue que bombeia na minha veia..." Daí,o raciocínio se confunde,a erudição vai para as "cucuias",e a mente embevecida se pergunda:"o que é que eu estava pensando mesmo?"
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