Embaralho-me toda com esse “fds” (final de semana) do Orkut. Todas as vezes que alguém me deseja um fds, tipo: “Passei só pra te desejar um bom fds, Rosane”; sempre leio: “Passei só pra te desejar uma boa f..., Rosane”. Por mais que eu diga a mim mesma que FDS quer dizer FINAL DE SEMANA, sempre me vem isso na mente. Deve ser maldade desse meu cérebro cansado ou muita carência, não sei.
Sei que a Língua Portuguesa tem sofrido no Orkut, tem sido torturada aos poucos, como se nos houvesse feito um grande mal e quiséssemos vê-la morrer aos pouquinhos, bem devagar, numa lenta tortura. Nada satisfeitos com os “erros do nosso português ruim”, o pessoal, pra economizar palavra, tempo, sabe lá, tem transformado nosso idioma num sanduíche sem molho e feito ás pressas. Boa parte dessa culpa nós podemos colocar nas Lan Houses da vida. O lema dessas bodegas virtuais não diz “tempo é dinheiro”, mas “palavra é dinheiro”, pois são através da economia das palavras que se economizam alguns trocados. Que ironia! Quem poderia supor que um dia a Língua Portuguesa fosse sofrer tamanho descaso vindo de milhões de pequenas locadoras. O Orkut é nazista, tratando-se da nossa língua. As Lan Houses são verdadeiros campos de concentração gramatical.
Eu sei que não falo nem escrevo corretamente, tenho plena convicção que agora mesmo, neste exato momento os erros estão aqui pra quem quiser ver, mas pelo amor de Deus, o que fazem no Orkut com nossa língua é um crime; e também quero deixar claro que não tenho NADA contra as Lan Houses; pra quem não tem a menor condição de comprar um PC, essas lojas caíram como uma luva, mas tenho, sim, contra a turma que põe as palavras num pilão gramatical, socam, recalcam, em fim, ESCULHAMBAM com o nosso português; mastigam e corrompem a palavra a tal ponto que o linguajar brasileiro vai ficando cada vez mais pobre, insignificante e destituído de beleza. Que bom seria se a “turma do pilão” lesse Adélia Prado. A mulher parece uma adega de palavras; ela nos coloca nas mãos cada palavra linda que dá vontade de bebê-la e degustá-la como se degusta um bom vinho; sem falar nas que ela inventa. Que pena que o nosso país não goste de ler e mais pena ainda que a corrupção tenha atingido lugares nunca dantes navegados: As palavras.
Sei que a Língua Portuguesa tem sofrido no Orkut, tem sido torturada aos poucos, como se nos houvesse feito um grande mal e quiséssemos vê-la morrer aos pouquinhos, bem devagar, numa lenta tortura. Nada satisfeitos com os “erros do nosso português ruim”, o pessoal, pra economizar palavra, tempo, sabe lá, tem transformado nosso idioma num sanduíche sem molho e feito ás pressas. Boa parte dessa culpa nós podemos colocar nas Lan Houses da vida. O lema dessas bodegas virtuais não diz “tempo é dinheiro”, mas “palavra é dinheiro”, pois são através da economia das palavras que se economizam alguns trocados. Que ironia! Quem poderia supor que um dia a Língua Portuguesa fosse sofrer tamanho descaso vindo de milhões de pequenas locadoras. O Orkut é nazista, tratando-se da nossa língua. As Lan Houses são verdadeiros campos de concentração gramatical.
Eu sei que não falo nem escrevo corretamente, tenho plena convicção que agora mesmo, neste exato momento os erros estão aqui pra quem quiser ver, mas pelo amor de Deus, o que fazem no Orkut com nossa língua é um crime; e também quero deixar claro que não tenho NADA contra as Lan Houses; pra quem não tem a menor condição de comprar um PC, essas lojas caíram como uma luva, mas tenho, sim, contra a turma que põe as palavras num pilão gramatical, socam, recalcam, em fim, ESCULHAMBAM com o nosso português; mastigam e corrompem a palavra a tal ponto que o linguajar brasileiro vai ficando cada vez mais pobre, insignificante e destituído de beleza. Que bom seria se a “turma do pilão” lesse Adélia Prado. A mulher parece uma adega de palavras; ela nos coloca nas mãos cada palavra linda que dá vontade de bebê-la e degustá-la como se degusta um bom vinho; sem falar nas que ela inventa. Que pena que o nosso país não goste de ler e mais pena ainda que a corrupção tenha atingido lugares nunca dantes navegados: As palavras.
3 comments:
Belas palavras. Proféticas até. Provocadoras porque não dizer. Mas acima de tudo, palavras de quem conhece o mundo das palavras e sabe que estas não merecem ser violentadas.
Bem, como revisora essa crônica é no mínimo um hino para todos os que primam pelos "bons costumes" lingüísticos; como leitora é um bálsamo para os olhos e coração, pois há muito percebemos isso e não temos como passar nossa opinião sobre; como ser humano que utiliza esta língua tão bela e difícil é pelo menos uma grande lição de como devemos tentar nos policiar ao utilizar as palavras. Para mim, agora como mero ser humano, escrever é uma forma de mostrar-se. Ao escrever uma pessoa não consegue mentir; ela se mostra totalmente, como quando veio ao mundo. Utilizar as palavras inadequadamente é, para mim, uma forma de tentar esconder que realmente está por trás delas; é tentar enganar o leitor de que ali existe um coração, no mínimo pedindo atenção. Os adolescentes parecem que entraram "numa de" disputar quem utilizar mais erroneamente as palavras da nossa língua. Eles não sabem, mas não conseguem enganar nem a eles mesmos. Eles estão é se escondendo de quem eles realmente são...
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