Thursday, July 05, 2007

Gotas de Sofia com Manoel de Barros


Há quem receite a palavra ao ponto de osso, oco; ao ponto de ninguém e de nuvem.
Sou mais a palavra com febre, decaída, fodida, na sarjeta.
Sou mais a palavra ao ponto de entulho.
Amo arrastar algumas no caco de vidro, envergá-las pro chão, corrompê-las até que padeçam de mim e me sujem de branco.
Sonho exercer com elas o ofício de criado: usá-las como quem usa brincos.

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