Graças a Deus que a campanha eleitoral chegou ao fim. Mesmo que haja segundo turno, o fim está próximo. Fim da barulheira, dos pedidos de votos, das discussões, das panfletagens, da tensão.
Gostaria de deixar bem claro que eu sou cristã, que freqüento uma igreja evangélica e sou atuante por lá, fazendo parte da escola bíblica; e o mais importante: creio em Jesus como meu Salvador. Porém, quero deixar registrado o quão decepcionada fiquei com a campanha mesquinha que muitos, mas muitos evangélicos fizeram contra a candidata do PT Dilma Rousseff. Recebi dezenas de e-mails onde se dizia que Dilma havia declarado em entrevista que nem mesmo Jesus conseguirá impedir de ela ganhar essa eleição. Mergulhei em dezenas de sites procurando tal declaração e nada; parti pro Youtube e nada encontrei. Foi aí que a “ficha caiu”. Que tempo desperdicei procurando a tal “declaração arrogante”. Entendi que era mais uma das semeaduras de notícias falsas tão comuns nas campanhas eleitorais. O que me deixou triste foi entender que esse tipo de baixeza saiu do meio evangélico. O último reduto onde eu achava que esse tipo de coisa não aconteceria era na comunidade evangélica. Ledo engano. Nós evangélicos estamos que nem o povo israelita quando liberto por Moisés. O povo saiu do Egito, mas o Egito não saiu dele. Os israelitas tiveram que apanhar muito no deserto para aprender sobre o real caráter de Deus, pois até então, construíram um deus que existia só na imaginação deles. Quando se depararam com o Verdadeiro a coisa ficou muito complicada.
Quem acompanha, mesmo que seja um pouquinho, a política desse país, sabe que a MAIORIA dos deputados evangélicos eleitos se corrompeu. Todos eles tinham o mesmo discurso desses que estão aí agora. Diziam que era preciso votar neles para garantir que certas leis não fossem aprovadas. Sabemos o resultado. Teve político crente que orou com um punhado de propina na mão. Todo mundo viu na TV.
Os marketeiros evangélicos pedem pros crentes tomarem cuidado em quem vão votar e falam das leis que tramitam no congresso. Sutilmente pedem voto para candidatos evangélicos. Não o fazem abertamente porque sabem do que aconteceu com a turma da eleição passada, mas de forma quase imperceptível querem convencer que votar em candidato evangélico é mais seguro. Me poupem! Se o pessoal empenhado no marketing deles faz isso que fizeram com a Dilma, imagine eles... Eu, hein!
Rosane de Castro/Outubro/2010
Thursday, September 30, 2010
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